No período em que morei em Teresina-PI, regi
o Madrigal Vox Popvli, entre 1994 e 1995. Minha passagem pelo grupo ocorreu algum tempo após a
saída do seu fundador, o maestro Lindembergh Pires, que fora transferido do
Colégio São Francisco de Sales para colaborar com a Universidade Católica e como
regente do Madrigal da UNICAP, em Recife-PE. O trabalho que ele realizou com aquele coro independente, formado por ex-alunos do educandário e pessoas da comunidade, foi
primoroso. O conjunto possuía sólida base técnica e já havia cantado vasta
literatura, incluindo obras clássicas do repertório europeu, estadunidense,
latino-americano e brasileiro, de diferentes períodos, autores e estilos.
O meu trabalho com o Madrigal foi desafiador. Procurei dar continuidade ao que já havia sido desenvolvido. Contudo, como sempre ocorre, o processo de adaptação não foi dos mais simples, tendo em vista o conflito existente entre o legado deixado pelo meu antecessor, a sua forma de pensar e agir, e o direcionamento que estava dando a partir daquele instante. Quem já passou por situações semelhantes sabe do que estou falando. Não é fácil e é natural que certo tipo de rejeição ocorra, especialmente quando se leva em consideração os laços emocionais e afetivos que permeiam a relação professor-aluno, regente-cantor.
Mesmo com certa resistência, nós nos reinventamos, quando começamos a conviver. Aos poucos, todos se adequaram e o coro foi produzindo um som ainda mais leve e brilhante, como gosto. Promovemos cursos de técnica vocal com o professor Zuinglio Faustino, da UnB. Por duas vezes, realizamos o tradicional concerto anual, em outubro (veja os programas). Cantamos em diversos lugares da capital como parte das propostas da Federação Piauiense de Conjuntos Corais – FPCC (veja a ata), entidade que reativamos naquele ano, uma das promotoras do Encontro de Corais de Teresina (ENCOTHE). Um dos momentos marcantes foi a nossa presença no XX Festival de Inverno de Campina Grande, quando fomos ovacionados pelo público (veja a crítica).
Em novembro de 1995, durante uma apresentação no Teatro 4 de Setembro, anunciei publicamente que aquele seria meu último concerto, minha despedida. Por conta do mestrado na Universidade Federal da Bahia, em Salvador, era necessário afastar-se, pois, em breve, partiria para uma nova experiência. Minhas palavras foram recebidas com espanto pelo público e também pelos integrantes do conjunto, visto que ninguém sabia da minha decisão. Meus dois anos com esse maravilhoso coro foram intensos e eu jamais esquecerei o que vi, ouvi e vivi (veja as reportagens). Como nos versos da canção Póngale por las hileras, que interpretávamos com grande alegria encantando a plateia, arriba, Vox Popvli.
Vladimir Silva (silvladimir@gmail.com)
O meu trabalho com o Madrigal foi desafiador. Procurei dar continuidade ao que já havia sido desenvolvido. Contudo, como sempre ocorre, o processo de adaptação não foi dos mais simples, tendo em vista o conflito existente entre o legado deixado pelo meu antecessor, a sua forma de pensar e agir, e o direcionamento que estava dando a partir daquele instante. Quem já passou por situações semelhantes sabe do que estou falando. Não é fácil e é natural que certo tipo de rejeição ocorra, especialmente quando se leva em consideração os laços emocionais e afetivos que permeiam a relação professor-aluno, regente-cantor.
Mesmo com certa resistência, nós nos reinventamos, quando começamos a conviver. Aos poucos, todos se adequaram e o coro foi produzindo um som ainda mais leve e brilhante, como gosto. Promovemos cursos de técnica vocal com o professor Zuinglio Faustino, da UnB. Por duas vezes, realizamos o tradicional concerto anual, em outubro (veja os programas). Cantamos em diversos lugares da capital como parte das propostas da Federação Piauiense de Conjuntos Corais – FPCC (veja a ata), entidade que reativamos naquele ano, uma das promotoras do Encontro de Corais de Teresina (ENCOTHE). Um dos momentos marcantes foi a nossa presença no XX Festival de Inverno de Campina Grande, quando fomos ovacionados pelo público (veja a crítica).
Em novembro de 1995, durante uma apresentação no Teatro 4 de Setembro, anunciei publicamente que aquele seria meu último concerto, minha despedida. Por conta do mestrado na Universidade Federal da Bahia, em Salvador, era necessário afastar-se, pois, em breve, partiria para uma nova experiência. Minhas palavras foram recebidas com espanto pelo público e também pelos integrantes do conjunto, visto que ninguém sabia da minha decisão. Meus dois anos com esse maravilhoso coro foram intensos e eu jamais esquecerei o que vi, ouvi e vivi (veja as reportagens). Como nos versos da canção Póngale por las hileras, que interpretávamos com grande alegria encantando a plateia, arriba, Vox Popvli.
Vladimir Silva (silvladimir@gmail.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário