domingo, 19 de maio de 2019

Cantando a história do FIMUS

Como sempre ocorre, abrimos e/ou encerramos o Festival Internacional de Música de Campina Grande interpretando uma obra de referência da literatura coral. Nosso objetivo é oferecer ao público e aos intérpretes, de modo geral, o contato com diferentes sonoridades, ampliando as possibilidades de escuta. Entretanto, é com base nos recursos financeiros e humanos disponíveis que escolhemos o que cantar, conciliando, sempre que possível, o repertório standard com novas composições. 

Dentre as masterpieces que já cantamos, ao longo desses dez anos, estão Divina Trilogia, Op. 77, Credo, Op. 148 (Liduino Pitombeira) e Serenade to Music (Ralph Vaughan Williams), em 2010; Missa em Sol (Franz Schubert) e Réquiem para um Trombone (Eli-Eri Moura), em 2011; extratos da Missa de Alcaçus (Danilo Guanais), em 2012; Requiem (Gabriel Fauré), em 2013; Paixão Segundo Alcaçus (Danilo Guanais), Five Mystical Songs (Ralph Vaughan Williams), Magnificat-Alleluia (Heitor Villa-Lobos) e, por conta do sesquicentenário da Rainha da Borborema, o Hino de Campina Grande, em 2014; Gloria (John Rutter), em 2015; Misa Criolla (Ariel Ramirez), em 2016; Missa de Alcaçus, na versão para solistas, coro, piano e percussão, em 2017; e Messa di Gloria (G. Puccini), em 2018.

Nas primeiras edições, apenas o Coro em Canto e o Coro de Câmara de Campina Grande compartilharam esses momentos. Com o tempo, outros grupos visitantes, a exemplo do Texas A & M University Chorale e o University of Central Oklahoma Chorale, também passaram a participar desses espaços de congraçamento, que foram conduzidos por mim e outros maestros, incluindo norte-americanos (Gary Packwood, Kenneth Fulton, Karl Nelson e Sara Lynn Baird), europeus (Matthias Heep) e brasileiros (André Muniz). Algumas obras foram acompanhadas por piano, enquanto outras com grupos de câmara e orquestras, convidadas e/ou formadas por alunos e professores do Festival. A música latino-americana, nacional e regional tem lugar assegurado nessa seleção, contribuindo para a divulgação dos nossos compositores.

Este ano, dentro da programação do FIMUS, realizaremos também o segundo Festival Internacional de Coros da UFCG, ocasião na qual ouviremos o Coro em Canto, regido por Lemuel Guerra; o Coro de Câmara, sob minha liderança; o Loiret’s Singers, da França, sob a direção artística da soprano Julie Cássia Cavalcante; e o Gesang ohne Grenzen (Canto Sem Fronteiras), da Suíça, sob o comando do maestro Matthias Heep. Durante quatro dias, a literatura coral de diferentes países, períodos e estilos ecoará por entre as montanhas da Serra. À semelhança do que ocorreu no FIMUS Europa, em Lisboa, faremos a estreia, em nosso país, de Domingo de RamosA Cachoeira de Paulo Afonso, ambas de Danilo Guanais, a primeira para coro a cappella e a segunda, baseada no poema homônimo de Castro Alves, para solistas, coro misto, quinteto de cordas e piano. Continuemos, pois, cantando a história do FIMUS.

Vladimir Silva (silvladimir@gmail.com

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