A semana foi dinâmica na
Universidade Federal de Campina Grande, porque, à semelhança de outras
instituições, também celebramos o Dia do Músico, 22 de novembro, com uma vasta
programação, organizada por um grupo de alunos e que contou com a supervisão de alguns professores. A meta é realizar o evento anualmente, tornando-o cada vez mais amplo e promovendo o diálogo entre
ensino, pesquisa e extensão, expandindo a relação entre a UFCG e a sociedade.
Ao longo da SEMUS, discutimos temas atuais. Marisa Nóbrega falou sobre o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
(PIBID), que poderá ser interrompido por conta dos cortes nas verbas do
Ministério da Educação. Cleisson Melo e Jorge Ribbas abordaram a produção
musical na contemporaneidade, focando nas questões mercadológicas, tema que
também serviu de mote para a rodada sobre marketing
na música, coordenada por Fábio Cavalcanti. João Valter Ferreira Filho tratou
das
perspectivas para a pós-graduação para licenciados em música e Alda Leaby nos
fez pensar sobre inclusão, dialogando e cantando em LIBRAS — indiscutivelmente, um
dos pontos altos desta sessão ocorreu quando os participantes interpretaram Carinhoso, de Braguinha e Pixinguinha,
usando a Língua Brasileira de Sinais.
No que
diz respeito à programação artística, realizamos várias apresentações. Ocupamos a praça do Centro de Humanidades, que serviu de palco
para o Coro em Canto, a Orquestra e o Coro de Câmara, bem como para os alunos
que prepararam um show dedicado à MPB, enquanto na Primeira Igreja
Batista e na sala BW4 apresentaram-se a Big Band, a Orquestra de Violões, o Coro Feminino, o Consort Vivace, dentre outros grupos. Foi no nosso auditório que vimos a estreia de mais uma promessa, um quinteto de
choro, formado por dois violões, cavaquinho, percussão e trombone.
A iniciativa dos alunos do curso de Música nos
ensina que é preciso agir. Eles saíram da zona de conforto, provocaram colegas,
professores, administradores, a comunidade, demonstrando que não se contaminaram com aqueles que arrotam insolências travestidas de discursos politizados, que criticam sem ter trajetória, que tentam justificar a inércia acadêmica e profissional na qual se
encontram com argumentos questionáveis, alegando a escassez de recursos, os tempos temerosos que vivemos, as inadequadas condições de trabalho, como se a conquista do paraíso fosse pura mágica. Todos os que participaram deste empreendimento estão de parabéns, sobretudo a comissão organizadora. A Semana de Música
da UFCG serviu para que pudéssemos reafirmar nosso compromisso, a força do engajamento e o sentido de pertencimento,
que, não obstante os limites impostos pela macroestrutura econômica, política e
social, nos faz resistir e valorizar as possibilidades, inspirados pela Canção de Esperança que o advento traz e que, nos versos de Flávia Wenceslau, tece a linha do horizonte e nos ensina que o
amor jamais nos deixará.
Vladimir Silva (silvladimir@gmail.com)
Vladimir Silva (silvladimir@gmail.com)
4 comentários:
Foi uma semana linda e todos os alunos organizadores / professores estão de parabéns. É uma grande conquista criar e realizar. Nos faz sonhar mais alto para conseguir vencer as dificuldades do dia a dia. As dificuldades podem nos impedir de crescer, de vislumbrar, apenas se quisermos. Parabéns a todos por compartilhar este espírito realizador! Luís Passos
Um grande prazer em participar da II Semana de Música da UFCG. Evento muito bem organizado e com ótimas perspectivas para o ano que vem. Avante! O melhor está por vir. Parabéns a todos!
Parabéns a todos os envolvidos!
Parabéns!
Sem dúvida foi uma excelente semana. Comissão organizadora está de parabéns. Foi uma semana que nos permitiu visualizar o nobre futuro que nos aguarda. Que este espírito realizador esteja cada vez mais vivo em todos nós.
Que venha a III SEMUS!
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