Para assegurar a plenitude do processo de ensino-aprendizagem da prática coral é fundamental que a sala de ensaios seja preparada adequadamente. Deve-se cuidar da iluminação e da ventilação, natural e artificial, pois o conforto térmico contribui para o bem-estar do coro. O tratamento acústico do espaço é determinante para o sucesso do trabalho, influenciando na realização do repertório e na sonoridade coral. O espaço físico precisa ser adequado ao tamanho do coro e às atividades que serão desenvolvidas. Cadeiras, armários, mesas, quadros, além de outros equipamentos, tais como pianos, aparelhos de som e televisão, devem ser alocados em lugares estratégicos e acessíveis.
Na sala de ensaio, os cantores devem ter à disposição partituras legíveis e bem editadas, papel em branco, lápis e borracha. Estes recursos materiais podem ser utilizados para registrar as anotações pessoais e as observações do regente. Ao contrário daquilo que comumente ocorre na prática orquestral, coralistas ainda não desenvolveram o hábito de anotar as indicações do regente na partitura. É necessário estimulá-los, explicando-lhes as razões das solicitações ou comentários, fazendo com que eles compreendam o texto poético e musical das obras. Aproveitar cada momento deste encontro de permutas e aquisição de saberes é, portanto, o princípio norteador do fazer pedagógico do regente, porque no ensaio coral ocorre um intenso processo educativo, que é dialógico e fruto da parceria entre os cantores e o regente.
Para que o ensaio se torne significativo, seria interessante substituir, gradualmente, a ineficiente prática da aprendizagem por imitação e repetição, que comumente ocorre quando o cantor reproduz acriticamente aquilo que o regente lhe oferece, por uma forma mais consciente de aquisição do conhecimento, na qual o coralista possa dar uma contribuição mais efetiva e pessoal. O cantor, nesta perspectiva, passaria a agir proativamente, enumerando compassos, marcando respirações, solfejando partes e solucionando, sempre que possível e por conta própria, os problemas rítmicos, melódicos e vocais encontrados no repertório. Estas são iniciativas importantes que deveriam ser estimuladas e incorporadas à práxis cotidiana dos nossos coros. Certamente, os ensaios se tornariam mais instigantes, pois os conteúdos e desafios impostos pelo repertório seriam superados de forma sistemática, metódica, dinâmica, eficaz.
Recitais e concertos devem ser compreendidos, portanto, como os produtos finais do trabalho desenvolvido ao longo de vários ensaios criteriosamente planejados e organizados. Tais atividades artísticas são ferramentas de avaliação importantes para a consistência da interpretação musical. No entanto, concebê-las como primordiais, como meta e objetivo exclusivos da prática coral, significa transferir o foco de atenção do processo para o produto. Que o ensaio seja, assim, entendido como construção coletiva, contando, em todas as suas etapas, com a colaboração e o engajamento de cantores e regente, favorecendo o crescimento musical, vocal, intelectual, afetivo e emocional de todos.
Na sala de ensaio, os cantores devem ter à disposição partituras legíveis e bem editadas, papel em branco, lápis e borracha. Estes recursos materiais podem ser utilizados para registrar as anotações pessoais e as observações do regente. Ao contrário daquilo que comumente ocorre na prática orquestral, coralistas ainda não desenvolveram o hábito de anotar as indicações do regente na partitura. É necessário estimulá-los, explicando-lhes as razões das solicitações ou comentários, fazendo com que eles compreendam o texto poético e musical das obras. Aproveitar cada momento deste encontro de permutas e aquisição de saberes é, portanto, o princípio norteador do fazer pedagógico do regente, porque no ensaio coral ocorre um intenso processo educativo, que é dialógico e fruto da parceria entre os cantores e o regente.
Para que o ensaio se torne significativo, seria interessante substituir, gradualmente, a ineficiente prática da aprendizagem por imitação e repetição, que comumente ocorre quando o cantor reproduz acriticamente aquilo que o regente lhe oferece, por uma forma mais consciente de aquisição do conhecimento, na qual o coralista possa dar uma contribuição mais efetiva e pessoal. O cantor, nesta perspectiva, passaria a agir proativamente, enumerando compassos, marcando respirações, solfejando partes e solucionando, sempre que possível e por conta própria, os problemas rítmicos, melódicos e vocais encontrados no repertório. Estas são iniciativas importantes que deveriam ser estimuladas e incorporadas à práxis cotidiana dos nossos coros. Certamente, os ensaios se tornariam mais instigantes, pois os conteúdos e desafios impostos pelo repertório seriam superados de forma sistemática, metódica, dinâmica, eficaz.
Recitais e concertos devem ser compreendidos, portanto, como os produtos finais do trabalho desenvolvido ao longo de vários ensaios criteriosamente planejados e organizados. Tais atividades artísticas são ferramentas de avaliação importantes para a consistência da interpretação musical. No entanto, concebê-las como primordiais, como meta e objetivo exclusivos da prática coral, significa transferir o foco de atenção do processo para o produto. Que o ensaio seja, assim, entendido como construção coletiva, contando, em todas as suas etapas, com a colaboração e o engajamento de cantores e regente, favorecendo o crescimento musical, vocal, intelectual, afetivo e emocional de todos.
3 comentários:
Acho que JA vi esse ensaio...rs..abraços
Acho que as coisas são por aí mesmo, mas penso que a realidade está muito longe disso.Acho que o importante disso tudo é valorizar as pessoas e a arte que elas fazem da melhor maneira possível, seja na estrutura, ou no convívio, enfim. Faço canto coral e gostaria sim de um ambiente como este, mas confesso que já estou muito feliz em poder cantar. Muito importante essa postagem, gostei bastante.
Amigo Vladimir...
São importantíssimas as suas observações sobre maneiras de manter (ao mínimo) ensaios eficientes. Parabéns por sua postagem e vamos conversando.
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